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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O vento e o pudor.

Não existem distrações para a agonia que tormenta esse drama. A colcha já não embola mais na cama, se ficasses na lama eu te rejeitaria antes mesmo de irmos a primeira vez a cama. Sabe,
brincadeira de amar sempre tem hora pra acabar, o seu problema foi que quando eu fosse naquele velho bar tudo ia mudar, quando na verdade eu só ia lá para chorar.

Pedi ao tempo pra ele não passar por aqui e rir de mim, mas sabe até o mendigo já me desiludiu quando sorriu ao me ver caído ao chão esperando alguém para me dar a mão. Tento rir com o tempo, mas só o vento que me satisfaz, ele faz eu me locomover sem ao menos precisar correr atrás do meu ser...

A sua forma de fingir me amar fez tudo desandar, pena que cheguei até pensar em me casar com você, mas naquele altar não posso levar um alguém que não faz por onde transcender. Aquela flor não murchou somente por falta de pudor da sua parte, e sim por falta de amor ao fingir que me amaste.

Lagos.

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