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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

sábado, 9 de maio de 2009

Ser e querer.

Vivo entre o ser e o querer, entre o ter e o perder, sou uma frágil testemunha de crime sem perdão, tenho o coração na mão como um refrão de uma música, tenho a sensibilidade e a iniqüidade junto de mim, busco o futuro, quando muita das vezes esqueço de viver o presente tendo conhecimentos do passado não muito distante. Varejo entre um pobre largado e um graduado, entre um animal laçado e um futuro casaco. Encontro-me aqui, num bar, com um Whisky barato e um cigarro no cinzeiro olhando a minha cara no espelho quebrado do banheiro. Depois eu sei que você vai voltar, com a sua astúcia e malandragem, eu não sei negar e entro sempre em sua dança de cigana que sabe atrair os meus extintos mais sacanas. O teu olhar junto ao meu é como se fosse o fim do mundo ou qualquer dia que não vivêssemos da semana, mas quando a gente se ama, não há fervor somente na cama, mas também dentro de nossos corações, como um barco pede um rumo eu peço você comigo, como uma árvore pede o Outono eu preciso ser o dono do seu amor.

Lagos.


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