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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quinhão ruim.

Não nego que te dei ar, te dei toda essa sua felicidade, pedi amor, e você somente me trouxe ardor. Tudo bem, não vou lhe desejar nenhum mal, não faz o meu tipo ser um babaca irracional –
você me conhece bem! Vou deixar as luzes se apagarem para quem sabe assim a gente voltar a brilhar. No escuro a gente se entende melhor. No escuro o seu veneno dá um nó...

É algo um tanto quanto cruel, pior ainda é ficar prolongando algo que nunca existiu. Não ache que estou pinel, não diga que nunca gostei de você se você nem sabe o que é se sentir desejada. Não queixe-se se o seu jardim não está mais florido, que sempre regou foi eu, quem sempre pediu perdão fui eu, mas um dia eu te disse que sairia desse breu. Adeus, querida!

"Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito"

Lagos.

2 comentários:

  1. ' ... e finge não haver competição. É a solução de quem não quer perder aquilo que já tem e fecha a mão pro que há de vir '


    não feche a mão pro que há de vir!

    belo texto, sinto um gosto amargo desse veneno que você falou. é o quinhão ruim.


    beijo Lagos

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  2. 'Não queixe-se se o seu jardim não está mais florido, quem sempre regou foi eu, quem sempre pediu perdão fui eu, mas um dia eu te disse que sairia desse breu. Adeus, querida!'

    LINDO!

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