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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Superficial.

Essa transparência alimenta. Não sei o que alimenta, mas pelo menos já não atormenta mais. Vamos atrás dos sonhos, ou podemos ficar tristonhos e nostálgicos lamentando que nada deu certo. A escolha é só nossa. Vamos nessa, baby. Vamos caminhar, falar merda até o dia raiar. E depois? Ah, depois vamos ver o sol nascer de frente para o mar. Mas o que realmente me importa é que estejamos lá na hora que isso acontecer.

Eu sei, tudo isso parece uma loucura. Mas é melhor que tentarmos suicídio como na última quinta-feira. Tudo bem, não te usarei mais como meu sonífero preferido. Não mais te trocarei por qualquer uma que aparecer me oferecendo um falso abrigo, entretanto, quero que você me dê mais de si. Quero que mostre serviço, para que eu não seja mais omisso. Pergunto ao pó que resta de onde pisamos. Ele me diz que isso tudo é muito bom. Ele me diz que tudo isso é especial; que isso é super. Lastimável, ser superficial.

Lagos.

5 comentários:

  1. Texto forte,repleto de simbologia e significado.
    Gosto do modo como escreves.
    Beijo

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  2. Lastimável ser superficial. Muitas imagens me vieram a mente ao ler esse texto, como sempre com entrelinhas demasiadamente sensiveis. Muito bom! Gostei demais do texto. Parabéns! ]


    beijos
    Nii

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Vc escreve sua dor como um verdadeiro poeta. Aliás, pq como um verdadeiro? Se de fato vc o é!

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  5. Nossa, forte o texto. Mas muito bom, adorei. Um poeta? Claro. Adoro seus textos cada vez mais
    Um beijo grande

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Pense o que quiser, escreva o que puder, mas, por favor, seja sempre sincero.