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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Não hesite: descarte!

Que Deus e a natureza, as arvores com folhas secas, e os pássaros pelo caminho te façam bem feliz. Posso fazer mil preces ao dar a hora da Ave Maria. Ah, tua Maria Madalena. Feita de glórias e lágrimas infelizes. Hoje, sou bem esperançoso pela vida que vai sorrir pra mim, eu acordei sorrindo pra ela, espero que esta não me seja ingrata. Eu te admiro de forma intensa e ao mesmo tempo singela, entende? Difícil entender, né? Assim como é difícil entender o por quê de toda noite, antes de dormir, mando os melhores anjos cuidarem de ti, mesmo que eu fique sem nenhum para zelar o meu sono.

Sei que você gosta do meu jeito sacana, dos meus toques entre suas pernas sem compromisso. Ouça esse homem, te digo. Sei que aquela canção que sussurrei ao teu ouvido ficará sempre marcada. Assim, como também levarei comigo as verdades, as unhas cravadas em minhas costas. Sinto vontade de te ouvir, bem delicada, uma voz carinhosa sem ser melosa. Agradável e suave para quem a ouve. Sei que a gente vai brilhar, entre os lençóis retorcidos, entre os corações mais encravados. Você ñ precisa passar igual um arco-íris, com todas as cores no corpo. As instâncias de cada cor moram dentro de ti, em teu cinismo. Não quero que abra mais buracos em outros corações, nem reencontros, dentro de ti, dentro de mim, dívidas de um amor mal curado. Um enredo nada feliz, uma fala necessária: adeus.

Deixei de fazer promessas a Santo Antônio. Firma teu ponto no gongá. Chega de blasfêmias. Chega de ironias e falsos perdões. Não desculpo mesmo e pouco me importa qual será o meu fim. Sei que ao final eu terei uma grande companheira. Não, não sou o melhor homem do mundo, já fui um dia. Meu bem, isso não é ser pretensioso: é reconhecer a si mesmo. Poucas pessoas fazem isso e por isso não conseguem o seu próprio perdão. Não enxerga a luz do amor. Quero aquele olhar de cigana, perfume de alfazema e será tratada como rainha, como foi sempre em meus sonhos. Lembrando olhares envelhecidos, toca o meu próprio ser com uma fadiga imensa, com um choro de cansaço. Cansaço de sofrer. Todo pranto tem hora pra acabar. Chega. Afogo no ar as lembranças ridículas vinganças predestinadas, garanto não pensar mais. Sinto que transpor os passos entre as nuvens é bem mais seguro, minha poesia sorrir daqui. Com você longe eu consigo chegar bem mais perto de tudo que me faz feliz.

Carlo Lagos.

6 comentários:

  1. O brilho daquela é tanto que nos deixa na escuridão. É um amor tão forte que não importa se ficarmos a deriva do mau, o que importa é que o brilho não acabe. Mas também nos perdemos, e nos esquecemos de que também somos importantes.

    Bjs

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  2. Eu amo tudo o que você escreve.
    Fico, do fundo do coração, encantada com cada palavra.

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  3. Que lindo esse texto, Carlo. Eu fico impressionada com o seu jeito de escrever, mesmo que eu nunca chegue nesse ponto de tantos detalhes. Deve ser porque é totalmente diferente do que eu faço :P KKKKK

    Belas palavras.
    Beijos *:

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  4. Inspiração é o que não lhe falta. Encantada com tanta sensibilidade. Estou em um período um pouco sensível da minha vida... Sempre venho aqui para ler coisas sobre amor.. e de alguém que consegue escrever como um bom entendedor!

    Beijos!

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  5. Um mar de poesia e intensidade...gostei!

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  6. `É assim tudo tem começo e fim. como tudo na vida, não temos garantias.
    Beijos

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