Eu sempre precisei de algo mais. De corpos espalhados entre os sinais e barreiras de nós mesmos. Difícil me concentrar no trabalho quando fico imaginando teu corpo, tua boca sedenta e gulosa engolindo minha língua. Difícil acertar a posição da mesa na sala – foram tantas vezes com ela torta. Adriana Calcanhotto já nos ouve mesmo enquanto adormece. Devorou aquela bunda lisinha como quem andava por dias na seca do deserto. Aproveitou cada sentimento e nem usou aquela camisinha de morango que sempre manteve em punho e agora tem medo de encontrar a Elisa? A Anita é mais mulher? A cocaína te fortifica em quantas proporções drásticas? Minha amiga, as coisas vão mal, já pensou em psicanálise ou ioga ou se jogar do vão central da ponte RioxNiterói? Não deixe tantos rastros, pois pistas e doenças amorosas são inimigas.
Nada tenho contra os que vivem sorrindo, com retratos abstratos, nada mesmo. Mas, sempre me deu aquela curiosidade de saber como eles ficam quando não conseguem mais se enganar. Percebem que nada passou de ilusão com gritos e ferimentos dentro de seu próprio copo. Entre tantas cidades de si próprio. Fogem do ano? Traçam novos planos entre a tua boca e a Lua? Ainda serei estrangeiro. Ainda sou caseiro em meu ser. E nada passa por aqui, só o mesmo vento que te agonia por aí. Eu sei que vai sangrar o coração, ainda te restam trezentos e oitenta minutos. Vou estender o tapete vermelho para passares, mesmo que tenha um buraco embaixo – ela nunca poderia perder a pose de Greta Garbo mal fodida em plena fria madrugada de Domingo. O que você precisa é muito grande para encontrar explicações, para caber na palma da mão. Quando você se concentrar, estiver com os sonhos acontecendo, o maldito coração – bem poliglota – te confunde em várias linguagens sentimentais e te acerta fazendo errar a razão. Deus misericordioso, tenho tentado ser mais humilde. Já desamarrei todos os anjos de guarda presos em minha gaveta de cueca. Pode, por favor, me trazer um amor e uma paixão, bem rápido. Com chão e palavras certas. Com fotos que sejam eternas em minha cabeceira.
''and time to time i feel happy, where read the lights, it's all scarying''
Carlo Lagos.
aain, suas palavras são vivas, impressionante!
ResponderExcluirÉ impossível começar a ler e não ter a vontade de ler por completo. Você é ótimo.
Concordo com a dona apple aí de cima, começamos e não dá pra parar. Carlo, comi teu texto. E ele fez descer muita coisa que estava presa na minha garganta :S
ResponderExcluirvocê é explêndido!
Pois é! Hoje estamos ambos depressivos! Pegue suas malinhas imaginárias e vamos para algum lugar? Quando a gente chegar lá, a gente volta. Só para passear?
ResponderExcluirFique bem!
:*
Passa por estes blog's e deixa a tua opinião.
ResponderExcluirse gostas de fotografia:
- http://clicks-de-amor.blogspot.com/ (visita, comenta, segue, e mete gosto)
se é mais adepto/a da escrita:
- http://silenciodosegredo.blogspot.com/
DS, agradece, beijos e abraços e conto com vocês do meu lado, e façam do meu sonho uma realidade. ♥
Simplesmente ótimo o texto. Com certeza e vontade voltarei pra ler outros (:
ResponderExcluirPs.: Também preciso de um amor e uma paixão, com palavras certas.
olá
ResponderExcluirquem é o anônimo?
por favor,evitem que eu chegue ao ponto de ter que bloquear os comentários.
se quiser, me adicione:
carlo.lagos@hotmail.com
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=12687074252640049635
Abraços. Carlo Lagos.
E me bateu uma imensa vontade de algo dizer, mas não sei muito bem o que e nem por onde começar.
ResponderExcluirNão queria ser tão bobinha, ensolarada, iludida ou confortavelmente menininha... sei lá...
Gosto de te ler, gosto demais de te ler. Talvez vc não faça ideia do quanto gosto de te ler.
Enfim...
Eu adoro te ler.
Oxi, foi mal cara. Não achei que causaria isso. Só coloquei anônimo pra evitar que entrassem nos meus blogs que nem uso mais.
ResponderExcluirDesculpa mesmo, o anônimo sou eu (:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSabe que a sua intensidade traz um conforto para todas essas tempestades emocionais... A autenticidade tua é a mais bonita forma de lutar contra qualquer dor. Acredito em anjos. Às vezes os demônios saem das tocas à procura da inocência perdida no porão da saudade!
ResponderExcluirEu te adoro!! meu amigo, sempre
Tu escreves de forma madura, gosto disso.
ResponderExcluirAo ver o nome da Greta Garbo em negrito e vermelho meu coração pulou, pra mim ela é uma espécie de mito superior. E a cara fixa dela é exatamente essa, de uma mulher mal fodida em uma madrugada de domingo. Uma blasé linda!
Belíssimo teu texto.
=*
Que jeito único de se expressar...
ResponderExcluirparabéns!
estou a te seguir
e adoraria te ver lá no meu cantinho
http://cronicasdeanjos.blogspot.com/
bjs
Gosto muito da forma com que escreve...é demais.
ResponderExcluirabraços
de luz e paz
Hugo
Carlo, sei muito bem o que você sente. Sabe, não tenho estado nos meus melhores dias... às vezes essa nossa vida parece que não foi a que escolhemos, nem os amores, nem o trabalho, nem a gente (pessimista eu? será?) Sei lá, só sei que adoro vir aqui, ler, reler, toda essa sua coragem de se mostrar - e mostrar muito bem - o que você sente, sem medo do que vão achar (mas com certeza, acharão sempre lindo).
ResponderExcluirBj grande querido!
Belo post!!
ResponderExcluirBelo blog...
Gostei pra caramba, voltarei aqui mais vezes...
Convidaria vc a conhecer meu trabalho (poesia, teatro, música)
Ficaria feliz demais!
http://mailsonfurtado.com
Não há amor que não seja clichê. O amor por si só já é um clichê, mas é ele que move o mundo, de uma forma ou de outra.
ResponderExcluirSeus textos são tão intensos que eu poderia passar a noite aqui interpretando.
:*