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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A flor.

É fácil uma mulher se tornar má, difícil é vê-la voltar a amar depois de se decepcionar. Tudo me cega. Tudo me transforma. Nada me deixa sair do meu passado gélido e sombrio. Sinto arrepios só de lembrar que foi tudo em vão. Mas vejo no silêncio o adeus da solidão. O mundo vai girar um dia ao meu favor. Tenho os meus sentidos mais leve do que a cor azul. Na madrugada preciso de um cigarro mais forte. Preciso manter a postura. Não posso mais me embriagar e me perder pela rua. Mas eu me perco quando sinto o cheiro da chuva.

Esta foi a última carta que lhe deixou antes de sua partida. Creio que ela deve estar bastante arrependida. Afinal de contas, ele foi o único amor de sua vida.

Lagos

2 comentários:

  1. Esse texto é fictício? ou aconteceu com o autor?

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  2. Se é fictício, está de parabéns por te-lo elaborado. Agora se ele de fato ocorreu está de parabéns por saber como relata-lo.

    Só lembre-se que nada é em vão... Na hora pode até parecer mas a longo prazo notará que nada é em vão ou por acaso ;)

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