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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

sábado, 21 de novembro de 2009

Será?

Embora tenha sido superficialmente fraco para entrar qualquer situação, acho que sou suficientemente forte para me livrar delas. As grades aprisionam as mentes que querem ali estar. A minha mente voa livre por aí, voa sem querer saber aonde vai e se vai voltar, sem saber aonde é melhor estar. Estou na sacada e admirando a chuva lavando as sobras da nossa estupidez. Preciso de um cigarro, preciso do seu discurso subliminar ao meu lado para me fazer dormir. Pior que voar sem ter aonde chegar, é ficar preso aqui enquanto o meu coração pede para não te abandonar e te seguir aonde você for. Mesmo que o seu porto não seja nada seguro, eu preciso me perder em você. Às vezes eu deliro te vendo do outro lado da rua, mas, amor, há pouco voltei novamente à sacada, e já consigo te avistar da calçada. Você vai subir, né?

"Mas o quase tudo quase sempre é quase nada. E nada nos protege de uma vida sem sentido (...)”

Lagos.

2 comentários:

  1. Pra ser bem sincera com você, de todos os seus textos, desse foi o que eu mais gostei. Não é triste, nem alegre. É forte e fraco ao mesmo tempo, tudo e nada. Amei.

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  2. Lindo o texto. Se todos transformassem a dor em poesia como vc. O mundo melhoraria uns 100%. Os homens então, nem se fala.....rsrsrs

    boa Semana!

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Pense o que quiser, escreva o que puder, mas, por favor, seja sempre sincero.