Sempre, disse sempre, me omito nos dias que já passaram. Datas que nem foram tão boas, mas teve um céu nublado, teve uma nuvem tampando o sol, ou a minha
tristeza que tento não deixar tão evidente, apesar de o meu senso de humor de galã de rodoviária sempre me entregar. Esse tempo todo que tenho me omitido, não foi porquê antes eu era feliz, é pelo simples fato de sentir na pele fria e rasgada o quanto periclitante se tornou viver. Naquela tarde, sombria, com aparência de noite mais solitária do que o comum em que pedi sua presença por mais tempo não foi pra dramatizar nada, não foi pra você ficar de vez em minha casa. Era pra você segurar um pouco da minha dor com você, ou de me ensinar a sofrer como você sempre faz e nunca deixa pistas. Eu queria ser assim. Me espelho em ti, de verdade, e voltei até a tomar banhos da Oxum pra me deixar mais romântico – alguns me definem como bicha-mal-comida-ou-encubada, me defino como sonhador-romântico-ultrapassado que precisa de um carinho, de um colo até o dia amanhecer. Até a vida me ensinar como é ser feliz.
Ao fazer mais uma festa dentro de mim mesmo, sinto que tudo vem do pó: vivemos no pó e, quando Deus ou o Diabo não mais te quiser, voltaremos ao pó. Se vivemos em tantas ruínas e pó mal encarreirados, por que infernos insistimos em querer aparecer pela janela, logo cedo, toda manhã, pra abraçar de graça e não ficar nem por duas horas? Até logo. Te cuidei quando te puseram na rua com todas as portas trancadas. Trepei com você de uma forma tão amiga, sacana e respeitosa e recebo suas costas. Desejei até que a tua maconha te engasgasse. Que os teus peitos caíssem. Que o teu coração desfarelasse como o meu. Preciso ver mais raios dentro do nosso universo, quiçá, não deixe as portas da vida muito aberta. O meu coração é gigante. Cabe você e o mundo todo. O que fode tudo é a minha cabeça que apesar de ser flexível cria dimensões exatas pra te ignorar. As vielas de nós mesmos são bem extensas e fundidas de forma nada apreciável. acho bonita essa mediocridade chamada sonhar. Mas não é muito pra mim. Admirar não significa enfeitar com laço e levar pra casa. Quero diante desse meu medo de me perder nessa sua insegurança uma tempestade ainda maior de sentimentos entre os nossos caminhos. Que o meu coração com cãibra saiba iluminar todos os atalhos que são traçados da minha língua gelada até a sua fervorosa nuca. Seja bem-vinda, futura e desejada, namorada.
Carlo Lagoϟ
você nunca será sonhador-ultrapassado-romântico enquanto escrever tão doces palavras!
ResponderExcluirTão intenso o que escreves...viceral...
ResponderExcluirbjs ;)
Enquanto tiver sonhos, tera um motivo pra viver.
ResponderExcluirTão lindo, tão intenso, tão perfeito esse texto que me deixou sem palavras.
Temos que viver um dia de cada vez e tentando pensar num futuro melhor!
Beijos
Querido,
ResponderExcluirQuando menos espera o amor pode voltar a iluminar a sua vida, a sinceridade da sua alma deixa-me comovida.
Com carinho.
Peço, com toda gentileza, que o ser acima que postou como anônimo se identifique. Ainda não jogo búzios,minha bola de cristal está na autorizada para reparo....rs
ResponderExcluirmas,de qlqr forma,agradeço por tais palavras e digo que o amor deve entrar na vida de cada um.
Carlo Lagos.
Esqueci de por o nome, sou uma adimiradora.
ResponderExcluirVi o seu blog no blog sentimento padrão.
Com carinho.
Bárbara
"Quero diante desse medo de me perder nessa sua insegurança uma tempestade ainda maior de sentimentos entre nossos caminhos"
ResponderExcluirMuito bom!