Pensei o que fazer com aquele ser que destruiu cada sentimento que ainda restava em mim. Tive mil idéias, fazer mandingas, rogar pragas, torcer pra sofrer, mas a melhor conclusão que cheguei é que devo mandar flores. Nem que seja para o enterro. Mas mande sempre flores. Doeu muito abrir minha geladeira hoje, logo cedo, e lá não conter tuas bebidas. Só vi garrafas d’água, folhas de alface murchas, tomates mofando. Nada diferente do coração, da vida, da minha respiração pesada e cansada de quem vive falando e estampando em minha própria cabeça um coração pra ver se o cupido do amor me acerta. Vejo tanta gente entrando e saindo do programa de conversa instantânea para ser notado. Ficam off, ficam on. Penso: tem como eu ficar on para somente o amor e off para todas essas mazelas infernais que a cada dia mais tomam conta do meu ser?
Foi algo que ficou para trás, há muitas milhas. Meu diamante foi tratado como uma planta qualquer. Como uma Maria sem vergonha que nasce em teu jardim junto às ervas daninhas. Ah, vida. Por isso tanta estafa. Meu coração está blindado, mas como toda blindagem: de tanto bateram no mesmo local que a (es)fera atingiu minha maior fraqueza: dependência afetiva. Vou começar a comer mais alho, cebola, cenoura, pra ver se aumento a minha resistência. Possuem alicina. Não, meu bem, não é para te causar mais sensações dolorosas e prazerosas na cama. É pra fazer meu coração ter mais resistência aos feitiços do amor. A vida é um lixo embalado num papel de presente pra te iludir. A assombração sabe pra quem aparecer e o amor insiste em (re)lutar comigo, em se distanciar do meu ser pela janela que deixei aberta. O meu corpo ainda fica nu e solitário embaixo do cobertor quadriculado de cinza e azul. Uns seis anos atrás, dois minutos passados. Tenho vivido como a luz que muito incomoda. Tenho estado (s)em paz como as estrelas que brilham ao fim da noite. Não me adianta terminar os dias mais cedo em mim se as dores ainda continuam e terei como recompensa um nascer de Sol ejaculado precocemente.
Carlo Lagos.
O pior é que não há legumes e verduras que ajudará, apenas o velho tempo.
ResponderExcluirBeijos...
Com o passar do tempo, nosso azedume vai aumentando, ñ mandamos no coração o q sempre fica é a emoção. O q serve "transar" com aquela mulher e ñ ter sentimento, fica tudo automático, bom por hora, mas ruim com o vazio do tempo. Por isso, vamos plantar bem aprender a semear, ou esperar amadurecer? No final ñ existe receita para esse tipo do bolo..O DE AMAR!!!!
ResponderExcluirEu sinto que você sempre sabe exatamente como eu estou. Não sei explicar, você me manda mensagens quando eu estou pensando justamente naquilo, você me conhece como se eu tivesse um manual, eu tinha até medo de como uma pessoa era capaz disso, mas hoje eu sei que é porque você é diferente, você é especial demais e não dá conta disso.
ResponderExcluirconta comigo viu?
Muito bom, como sempre, ne? Saudades de voce!
ResponderExcluirParece que soube decifrar o que estava(está) dentro de mim e eu nem sabia... Ou quem sabe soube me por dentro de uma vida que penso que estou. Me apaixonei pelo seu blog!
ResponderExcluir"Tenho estado (s)em paz como as estrelas que brilham ao fim da noite." *-*
Mais que palavras com certeza, seus textos sempre me tocam, de verdade, parabéns, seus textos, e seu blog melhora cada dia que passa, continue escrevendo sempre. Parabéns.
ResponderExcluirxx.
Independente de tudo o que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeia, impulsiona, destrói, liberta e prende. Em sua órbita, apenas distrações. (Martha Medeiros)
ResponderExcluirIrônico e um tanto maquiavélico esse tal de amor. Tantas vezes tentamos sair dele quando dentro estamos e tantas vezes tentamos trazê-lo para dentro de nós quando fora ele está. Como se fosse impossível a vida com e sem ele. Mas não se entristeça, tudo tem o seu tempo e enquanto ele não chega enfeite o peito com flores, coloque os sorrisos inversos para fora e invente felicidade. Quando o amor vier duvido não te fazer morada!
Ps: senti saudade de suas palavras.
Obrigada pela tua visita e permanência em meu universo. Adorei o teu! Estarei por aqui sempre!
ResponderExcluirFlores!
Angustiante, mas necessário. Me parece que quando chegou ao final desse desabafo respirou fundo e continou sua vida. Como um grande alivio. Adorei. @giovannamoser_
ResponderExcluiressas palavras, tantas palavras, cheias de vida, desejo e dor.
ResponderExcluirDeve ser por isso qe os nosso textos serão ótimos.
Distribuir flores pra ver apaziguar-se o próprio interior; Carlo, passivo. Carlo, doce. Carlo amor, sempre amor. já eu mandaria as mandingas, pragas, tentaria atropelar, enfim...cada um cada é um, rs. acho que eu que sou meio ruin =/
ResponderExcluirBj Carlito
Amado, tive meu outro blog hackeado e a vida virou de ponta cabeça... saudade de te ler, acompanhar tuas palavras... tanta saudade!
ResponderExcluirtodos beijos!
continuas a escrever lindamente.