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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Permuta!



Tiros certeiros na vértebra. Tiros de carinho e sexo safado. Eu só queria a porta aberta de novo, eu não sou idiota em pensar que você abriria a porta do carro sem pensar em trepar por horas no motel da esquina. Fico feliz. Fico pensando como seria tua vida sem mim, sem o meu cheiro, sem o meu jeito idiota a ter fazer delirar… Fico pensando em como sou idiota em pensar que sou a única que vou me deitar contigo hoje. 

É paranoia minha pensar que a gente poderia entrar naquele teu fusca azul agora e sair pelas estrada, é delírio bem íntimo pensar que você só pensaria em mim na hora de gozar. Não, isso não é coisa de mulher, isso é coisa de gente bem resolvida que sabe o que quer, sem vergonha e sem chá das cinco com dedinho levantado. 

Eu preciso viver a minha vida sem você. Eu sei que só sinto saudades de ti quando os meus dedos não são capazes de me satisfazer. Entre as minhas pernas há mais sensatez do que em teus caminhos. Não quero passar nem lavar tuas camisas enquanto você não disser que serei sempre a única, que isso será uma permuta, mesmo que eu seja sempre, somente, – sua – puta! 

Lagos. 

2 comentários:

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