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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

7 corações.

Lá vai um homem elegante com a sua bengala branca, em sua mala leva as brandas dores de amores passados. Realizou tudo por onde passou...Amou, errou, enganou, cativou, enfeitiçou, mas
nunca se arrependeu de deixar aquela mulher cega nesse imenso breu. Talvez ela até merecesse...

Ele pede a uma certa jovem que acredite nele, pois diz conhecer tudo do início ao fim. Mas como acreditar em alguém que não sabe nem pra quem deve sorrir? Ele tenta mais uma vez burlar todos ao seu redor, ele sabe bem a dor desse porre insano e profundo, já dá de ombros para essas dores causadas por esses seres imundos que não chegaram a lugar nenhum, somente a decadência espiritual.

Ele vive a navegar entre a ilusão e a dor de uma paixão antiga, se embriaga, perde-se cada vez mais de sua amada, chora sentado na calçada, muitas das vezes sente até as suas mão atadas. Dedica-se a ajudar todos ao seu redor, só não o recorde do seu passado amoroso, isso lhe deixa raivoso. Disseram-me que sempre foi um grande conquistador, mas apesar de toda boêmia, ele só teve um grande amor...

Lagos.

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