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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

'...as ruas por onde ela passa...'

Ela sempre passa por aqui e o deixa a imaginar como seria o dia em que ele não a visse sorrir. Certamente deixaria de existir. Em meio há tantos sofrimentos ele encontrou uma nova alegria: ver a sua flor do dia passar. Ela nem imagina que ele possua sentimentos tão finos e nobres em relação a ela que é acostumada a cantadas pobres.

Ele se esforça para poder lhe dar de presente um lindo broche, mas não sabe nem ao certo a sua cor preferida, mas sabes bem que adora flores de margarida. Ela já vem tão calejada de outros relacionamentos, tem medo que um novo amor possa ser um sofrimento. Ele então toma coragem e lhe dá um mero “bom dia”, ela estupefata por tamanha educação lhe responde e em seguida dá um belo sorriso inibido.

Ele se julga capaz de fazer a vida dela ser bem melhor, ela passa a vê-lo como um homem diferente no meio de toda aquela gente ao seu redor. Ele passa a viver então uma fusão entre o seu coração a acelerar ao vê-la passar, e a razão de que ela é uma moça nobre e nunca vai lhe amar. Ele passa a se conformar com o fato de não poder tê-la, mas só em saber que ela existe já o deixa feliz, já traz alegrias ao dia de quem vive em amarguras limpando as ruas por onde ela passa.

Lagos.

Um comentário:

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