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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Vamos tentar, querida.

Sabe, quando a gente age pela emoção, deixamos tudo fluir, sem saber se vai cair, se vai sorrir, quando resolve lembrar da bodega da razão, ah, aí a gente ver a dor no coração... Tornamos as nossas vidas mais confusas do que a América Central, não tenho mais paz nesse quartel que vivemos. Regime militar e amor nunca foram combinações favoráveis.

Não vale a pena te proporcionar apenas um prazer momentâneo, se depois será como uma bomba atômica explodindo em sua consciência, e não irá poder pensar em abandonar tudo como fizera em sua adolescência. Tento te dar um amor dinâmico, com novidades e fazendo você esquecer toda atrocidade, mas insistes em pegar o mesmo metrô quando já está na hora de mudarmos o percurso...

Só o dono da dor sabe o quanto dói não poder lhe dar aquele beijo antes do último bocejo, não ver mais o seu vestido ali pendurado me deixa ainda mais angustiado. Ser seu homem era a minha alegria, não consigo dormir um dia sequer sem lembrar dos tempos em que eras a minha mulher. Tenho pena de mim mesmo, esse tormento vai passar no dia em que a gente se encontrar. Quem sabe, então, a gente reme para a mesma corrente!?

Lagos.

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