Será preciso mais quantas
mentiras para que eu acredite? Seguir viagem em pleno inverno. Deitar no
colchão, entende-se: chão. Queria saber como fazer para me libertar e não
morrer. Queria não saber que se faz tantas coisas só para fazer. Cansei desse
vulto feito uma mulher, que sempre faz do meu coração um chorar sem fim, como
um vagabundo sem rumo, sem escolhas e com o mundo guardado dentro do peito.
Dentro de ti.
Queria ser aquele beija-flor que
todas as manhãs vai aí te alegrar, levar toda ternura desse mundo, fazer você
sorrir sem ter nada em troca. Sem ter a esperança de que um dia a porta vai
estar, de fato, aberta, sem trancas mentais e sem ventos que passam em meus
maiores pesadelos sem nem sequer dizer adeus. Antes que eu deixasse, entramos, sem graça,
com muitas trapaças, e um flor em mãos, contando histórias belas e tortas que
você, eu, eles, irão acreditar. Eu sei, você não viu aquele filme que passou no
cinema, mas eu te explico: eram metáforas sórdidas e inconsequentes de quem
sempre pergunta: Cadê você, aqui, ao meu lado, pra nos amarmos?
Podemos andar nos Black Cabs em Londres, ou sentar em uma praça qualquer no Rio de Janeiro. Te beijaria, treparíamos,
e faríamos juras de amor eternas e
incertas. Dear, muito ignoro esses olhares tortos e as línguas afiadas contra o
meu ser: ética nunca foi o meu forte. Com essas pessoas eu uso contra-egum até
na mente. São em meus atos sem nexo, em meus erros, que aprecio o valor da
vida. Será necessário que cuides um pouco de mim, voei por ventos traiçoeiros
em tempos bem quente. Não meça o tamanho do meu amor, só o valorize enquanto eu
cantar. Enquanto a paisagem for agradável aos olhos e deixar de ser uma mera
ilusão ao teu coração!
Carlo Lagoϟ.
Deixar viver né? (:
ResponderExcluirGostei do texto.