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Palavras são doenças esperando cura. Quando digo o que sou, de alguma forma, eu o faço para também dizer o que não sou.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Depois eu volto.

Eu não consigo entender, ela corria como uma criança de cinco anos pelos campos. Pelos, pelos de gatos e cachorros, nunca defino quais são os seus. A sua delicadeza escondida em uma bravura foi me corroendo como um câncer maldito, como um veneno bom de se tomar e fácil de se anestesiar. Eu não sei porque a vida ainda insiste em funcionar depois daquele dia. Eu não vou concordar nunca em ter perdido, sem ao menos ter a chance de ter lhe tido em meus braços antes de partires.

Mas eu não saberia pedir um novo amor em meio a tanta sabedoria inesperada, em rolos e confusões diplomáticas, meu bem, sua sorte tem que estar ativa. Eu não acredito em sorte, nem duvido dos poderes de Deus ou do Diabo, calma, não saia daí, eu já vou voltar com o seu chá de camomila e mel, quem sabe, assim, você fique mais dócil, menos tempestiva.

Eu me cansei de você ser uma pessoa quando estamos sós, e outra quando não quer nem lembrar dos nossos lençóis. Os nós desatados servem para isso, os nãos conquistado me deram forças para sobreviver nesses tempos de guerra particular. A minha vida é tão estranha, o teu ser era tão complementar, mas o problema todo foi esse: ser complementar. Meu bem, aquilo que só complementa não serve nem para apoiar os braços. Procure mais do que o complementar, procure o meu ser em você… Mesmo sem ter!


Carlo Lagoϟ.

2 comentários:

  1. Saudade daqui. Muito bom revê-lo através das palavras, como sempre maravilhando quem por aqui passa, agradecida!

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  2. Chave de ouro com "Procure mais do que o complementar". Acho que isso serve pra tudo, nos mais variados tipos de relação.

    Estou reformulando o blog, mudando de plataforma, inclusive. Se quiser, dá uma passadinha: http://injoyce.wordpress.com/

    Abraço

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